Pergamon Museum e um lembrete para não deixar tudo para a última hora

Uma coisa que tentamos lutar contra todos os dias é de ficar enrolando para visitar os pontos importantes e turísticos da cidade que moramos. Sabe quando você acha que tem todo o tempo do mundo e aí fica empurrando com a barriga até esquecer? Foi tentando ir contra esse “costume” horroroso que fizemos o #SPporPaulistanos, inclusive. Quantas pessoas querem conhecer o mundo mas esquecem da própria cidade, né? O Museu do Ipiranga, por exemplo, nós deixamos para ir em outra oportunidade – já conhecíamos, mas faziam muitos anos que não visitávamos. Aí ele acabou fechando e agora só reabre em 2022! :(

Como chegamos em Berlim com pelo menos 6 meses pela frente, não fomos correndo conhecer nada específico, viajando bem devagar. Slow travel, sabe? Por um lado, isso é ótimo, mas estamos super atrasados para ver algumas coisas da cidade porque ficamos pensando que ainda teríamos muito tempo pela frente. Sempre, né?

Berlim tem mais de 170 museus (até um só pra currywurst!) e só começamos a ir mais atrás deles agora que está esfriando. Sobre isso, o primeiro lugar para conhecer é a Ilha de Museus (Museumsinsel), que fica bem no centro de Berlim no meio do rio Spree. É, basicamente, uma ilha com vários museus enormes e super famosos. Antigamente ali também ficava o Stadtschloss, um palácio real que moravam os reis da Prússia em 1701. Como quase toda Berlim, boa parte foi destruída durante a Segunda Guerra Mundial, junto com muitas estruturas e parte do acervo dos museus ao seu redor. Hoje você pode ir até lá para conhecer 5 dos museus mais importantes de Berlim, a Catedral (Berliner Dom) e o Lustgarten.

O Pergamon Museum fica dentro dessa ilha e é um dos museus mais famosos de toda a Europa, um daqueles lugares tem-que-ir de Berlim. Toda sua parte externa é baseada no Altar de Pérgamo, uma construção enorme que fica exposta dentro do museu. Originalmente, ela foi construída na cidade grega Pérgamo, no século II a.C., e era dedicada a Zeus. Mesmo tendo vários outros monumentos históricas maravilhosos lá dentro, o altar é, obviamente, a parte mais famosa ali dentro.

Não estávamos com pressa de ir aos museus porque estamos esperando esfriar de vez – estamos aproveitando o tempo “quente” para conhecer as partes externas da cidade. Só que, quase por milagre, conversamos sobre o museu com uma ~leitora~ (danke, Rafaela! <3) e descobrimos que a sala que fica o Altar de Pérgamo ia fechar nos próximos dias para reforma e só reabriria em 2019. Acabamos enrolando para olhar a data exata e quando fomos ver, OPS, ele só ia ficar aberto até o dia seguinte! Corremos para nos arrumar e ver de perto essa parte tão incrível do museu. De ultima hora, pra variar.

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Ao lado do Altar, ainda na coleção de Arte da Antiguidade Clássica, fica o Portão do Mercado de Mileto, que eu fiquei babando. Podem me julgar, mas no fim eu achei o portão ainda mais legais que o altar em si. O Fê fica me zoando dizendo que eu só gostei mais dele porque inconscientemente eu “gosto de tudo que não é ~muito popular~”, mas eu só acho que ele acaba desvalorizado por causa do altar, sendo que é uma construção bem legal. Parece menos restaurado, deixando tudo mais real. Hunf.

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A segunda parte do museu, que na verdade é por onde as pessoas estão entrando agora durante a reforma – e por onde você possivelmente irá entrar a menos que lembre desse post depois de 2019 – é a do Antigo Oriente, com coisas trazidas da Babilônia e da Suméria. O destaque dessa parte é a Porta de Ishtar, o oitavo portal da cidade mesopotâmica da Babilônia (eram 9 portais, mais de 1km, até a entrada oficial) que foi construída em 575 a.C.. Ela já foi, inclusive, considerada uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo. Olhar aquilo tudo, as pedras com pequenas marcações para serem encaixadas lado a lado, pensando na quantidade de gente que trabalhou em cima daquela construção absurda é muito surreal.

Para vocês terem ideia, o portal foi adaptado para o tamanho do museu daqui de Berlim usando parte do material original, mas a construção é tão monumental que você consegue ver alguns animais, que faziam parte do portal, em museus em Istambul, Detroit, Paris, Philadelphia, Nova York, Chicago, Suécia e Boston. Ufa! Dá pra imaginar o tamanho disso? Dizem que nas festas de fim de ano os mesopotâmicos traziam estátuas dos deuses que eles veneravam e faziam procissões ao longo de todos os portões.

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Ah! Essa maquete aí de cima é como imaginam que foi a famosa Torre de Babel. Não é assim um Empire State, mas é bem grande para a época.

A terceira parte do museu é de Arte Islâmica, com foco maior em obras do Egito e Irã. Uma das coisas mais legais é a Fachada de Mshatta, que fez parte de um palácio na Jordânia. Acabamos passando super rápido por essa última parte porque já estávamos bem cansados e pretendemos voltar ao Pergamon com um passe de três dias pra Ilha dos Museus, mas uma coisa me chamou a atenção foram os Mihrabs, estruturas em meia lua super decoradas que indicam para qual lado fica a Meca, mostrando aos muçulmanos onde eles devem se virar quando forem fazer suas orações. A gente promete fotos dessa área depois. ;)

O museu não é enorme, mas só para vermos as duas partes que falei ficamos umas quatro horas lá dentro. No valor da entrada também tem direito a um ótimo audio guide que vale muito a pena! Ainda bem que, mesmo de última hora, conseguimos ver o museu completo a tempo. Uma sorte para não tentarmos repetir. :P

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[item title=”Sobre o Pergamon Museum”]

Funcionamento: todos os dias da semana, 10h-18h (na quinta-feira ele fica aberto até 22h).
Endereço: Bodestraße 1-3, 10178 Berlin, Alemanha
Preço:
Online: 11 euros a inteira (5.50 euros a meia) -> compramos online e não pegamos nada de fila para entrar, faça isso porque normalmente tem uma boaaa fila!
Na entrada: 12 euros a inteira (6 euros a meia)
Crianças e novinhos até 18 anos não pagam

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