De carro pelo sul da Alemanha: do Bodensee aos Alpes Alemães

Saímos de Triberg lá pelas quatro da tarde, nos despedimos da Floresta Negra e seguimos para o Bodensee, lago que divide a Alemanha, Áustria e Suíça, também conhecido como Lago de Constança. O caminho dura mais ou menos duas horas, mas fique de olho no GPS para ele não te tirar da rota que passa pela margem do lago.

[su_tooltip position=”north”]Esse post é uma continuação da série #MonstrinhosNaAutobahn, que conta sobre nossa viagem pelo Sul da Alemanha. Para ler o post anterior, clique aqui.[/su_tooltip]

 

[title subtitle=””]Lago de Constança (Bodensee)[/title]

No começo, ao Oeste, indo pela beira do lago a vista não tem nada demais, mas você consegue pegar as entradinhas para alguns espaços abertos e ver o lago mais de perto. Nós, por exemplo, paramos no Seehaus, que é pertinho da água, numa faixa de ~praia~ que eles chamam de Naturbadestrand e tem hotel e restaurante. Quando chegamos lá tinham várias crianças nadando, famílias tomando sol e curtindo o verão (mesmo nublado).

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O lago é enorme e lindo, dá vontade de parar nesses restaurantes da beirada para tomar alguma coisa e ficar só curtindo a paisagem por horas! Uma coisa legal é deixar o GPS de lado e tentar seguir ao máximo pela borda, passando por várias vinícolas e vistas incríveis.

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Pfahlbaumuseum

Seguindo pelo Bodensee, fomos até a cidade de Unteruhldingen. Lá fica o Pfahlbaumuseum, um museu arqueológico de palafitas, criado depois que restos de construções pré históricas foram descobertas ali pela região. O museu começou a ser construído em 1922, e hoje são 23 casas simulando a época da idade da Pedra e do Bronze.

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Os vestígios da idade da pedra foram descobertos ali só em 1854, quando rolou uma seca no Lago de Constança, a água desceu e mostrou restos de várias construções submersas, muitos de palafitas da época. As estacas que sobraram fincadas no chão do lago ajudaram os pesquisadores a entender como o povo vivia ali. Assim, eles começaram a reconstruir essa mini cidade da mesma forma que ela deveria ser há milhares de anos. Lá você pode ver ferramentas de madeira, armas de pedra, brinquedos infantis e até roupas originais daquela época, todos encontrados no fundo do lago, além de saber um pouco mais sobre como eles viviam. É bem legal!

Bem pertinho do museu fica o centrinho da cidade, com vários restaurantes, bares e uma praia (com areia e tudo!) no lago, bem perto das palafitas.

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Saindo do museu, o objetivo final do dia era chegar e dormir em Lindau, uma cidade bem conhecida ali na beira do lago, mas quando pisamos em Friedrichshafen já estava de noite, achamos a cidade bacana e resolvemos ficar por lá pra trabalhar e descansar. Nos hospedamos no Hotel Föhr, que fica um pouco mais para dentro da cidade. Pelo que vimos, tinha uma espécie de feirinha de frente para o lago que parecia super bonitinha, mas começou a chover na hora que paramos no hotel e não conseguimos dar um pulo lá.

Lindau

A cidadezinha mais famosa do Bodensee tem o centro histórico em uma ilha bem pequena dentro do lago. Essa parte histórica de Lindau é lindíssima, mas é bem complicado encontrar lugar para estacionar mesmo durante a semana, de tão lotada de turistas. Depois de muito rodar, achamos um lugar bem no centro da cidade e descemos rapidinho para conhecer os arredores. Lindau é conhecida por ser uma cidade cara e muito turística. Ela merece uma tarde preguiçosa conhecendo as suas ruazinhas, mas ficamos felizes de não termos gastado quase o dobro para nos hospedarmos ali.

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[title subtitle=””]Alpes alemães[/title]

Quando saímos da cidade, encontramos na internet algumas informações sobre uma rota que passa pelo meio dos Alpes Alemães, a Alpenstrasse. Essa estrada é um projeto super elogiado feito por decisão do Hitler, que conectava vários vales espalhados por todo o sul da Alemanha. Ela começa em Lindau com o nome de B308, passando por vários lugares com vistas incríveis e estradas bem vazias.

Um dos lugares que paramos é o Panorama Bad Hindeland, onde dá pra ver as micro cidades de Bad Oberdorf (esquerda) e Bad Hindeland (direita). Ah! Lembra que falamos no post anterior que “Bad” significa “banho/spa” em alemão? Então, essa região aí é famosa pelos spas, com vários hotéis 5 estrelas para dar aquela relaxada em quem tá com a vida ganha, o que não é o nosso caso.

 

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Dirigindo por ela, nosso celular perdeu o sinal da internet e começamos a nos perder loucamente sem GPS. Passamos por cidades erradas e fomos parar na Áustria. Duas vezes. Então é bom ficar atento no caminho da Alpenstrasse, seguindo a B308, depois a B310 e a B309 sentido Fussen. No norte de Fussen, a Alpenstrasse encontra a B16, conhecida como a Romantische Strasse, a estrada mais famosa do sul da Alemanha.

Ainda pela estrada, demos uma paradinha rápida no Gruntensee, um lago bem legal pra quem quer se aventurar em escaladas com cordas ou só pra aproveitar a água. Como não era o nosso caso, ainda mais porque já eram sete da noite, foi um desvio meio sem graça, mas é um lugar bacana para fazer um picnic.

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Como já estávamos ali na divisa e pertinho dos castelos que visitaríamos no dia seguinte, desistimos de ir até Fussen e encontramos alguns hotéis mais baratos no país vizinho, dormindo na Áustria, mas bem pertinho dos castelos alemães. Ficamos no Hotel Goldener Hirsch Reutte, em Reutte, que existe há 400 anos (!!) e sempre pertenceu a mesma família. O hotel é bem grande, visualmente antigo, mas com quartos novos, restaurante, bar e café no térreo. Dá pra tomar a Kaiser, cerveja austríaca, tranquilamente por ali, e o café da manhã está incluso (finalmente em algum lugar!).

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Até aquele momento da viagem, a quantidade de turistas que havíamos visto estava tranquila. Algumas pessoas nos falaram sobre a quantidade absurda de visitantes no sul da Alemanha, mas até esse dia estava tudo bem normal. Só que aí tem o turning point principal: os dois castelos. Só começamos a ter noção da quantidade de turistas, especialmente chineses, que estavam pela Alemanha quando entramos nesse hotel na Áustria. Na mesma hora que chegamos, um grupo enorme de chineses chegou também, já super empolgados para o dia seguinte. Foi ali que lembramos que a paciência para tirar fotos no dia seguinte precisaria ser graaande! Nada do que a gente não estivesse esperando. Ou quase. Mas isso é história para nosso próximo post: castelos! *-*

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