Top 5 lugares mais quentes em que já estivemos

Esse calor de São Paulo não tá fácil. O tempo seco, o sol na cara mesmo trabalhando dentro de casa e o corpo grudando do instante que você sai do chuveiro gelado até entrar nele de novo não estão rolando.

Tá ruim, mas poderia estar pior. Começamos a pensar nos lugares mais quentes em que já estivemos na vida para tentar lembrar de como aqui, no fim, tá até fresquinho pra uma sensação térmica de 40ºC. Ok, ok, passar calor viajando é mil vezes melhor que passar calor trabalhando e pegando ônibus todo dia, mas pelo menos surge aquela esperança de que se sobrevivemos ao calor desses lugares, dá até pra acreditar que sobreviveremos ao calor de São Paulo ­– ou Somália, como preferir.

[title subtitle=”Abril, 2012 – Fê e Debbie”]1. Coachella Music & Arts Festival, EUA[/title]

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muitocalor02O Coachella é um dos festivais de música mais famosos do mundo. Três dias no meio do deserto de Índio, na Califórnia, com sol de mais de 40ºC na cabeça das 6h da manhã às 19h. Como é no meio do nada, quase não tem nuvens e fica MUITO mais quente por causa da areia. Era meio óbvio, né? Mas na nossa cabeça ia ser sussa, tranquilinho de enfrentar, afinal “somos brasileiros”. E olha, NÃO FOI.

Pra completar, é claro que a gente resolveu dormir dentro do carro no camping do lugar ao invés de comprar uma barraca. Acordamos todos os dias às 6h da manhã já derretendo dentro do carro e conforme o dia ia passando só piorava. Biquini não funcionava, cerveja não funcionava, nada resolvia. Nem o ar condicionado de alguns lounges ou do carro. Foi por isso que acabamos desistindo de parte do último dia e acabamos indo para L.A. sem ver Florence and the Machine. :~

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O festival é animal, os shows foram incríveis, mas da próxima vez só vamos totalmente preparados pra não fritar de novo.

 

[title subtitle=”Maio, 2012 – Fê e Debbie”]2. Death Valley, EUA[/title]

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muitocalor05Aquelas fotos incríveis que tiramos no meio do absoluto nada nos Estados Unidos foram tiradas depois de muitos litros de suor. Saindo de São Francisco, dormimos no carro dentro do Yosemite Park, pegamos sol, vimos cascatas de água, ursos e até neve no meio do verão. Indo em destino a felicidade Las Vegas, passamos por outro parque nacional totalmente diferente, dessa vez menos verde e mais…bege. O Death Valley fica na fronteira da Califórnia com Nevada e era lá que as minas de ouro estavam na época da corrida do ouro. O nome de ~Vale da Morte~ é justamente pela dificuldade dos garimpeiros de sobreviverem ali por ser totalmente isolado e quente.

Para vocês terem uma ideia, quando reclamamos do calor para um guarda do parque, ele disse que naquele momento, o ponto exato onde estávamos era o lugar mais quente do mundo. Bom. Muito bom.

Foi lá que pagamos o litro mais caro de gasolina de toda nossa vida e que  a temperatura mais alta DA TERRA foi registrada uma vez: 57 fucking graus celsius (em 1913, mas tá valendo). E a gente reclamando do nosso verão.

 

[title subtitle=”Julho, 2008 – Fê”]3. Tulum, México[/title]

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muitocalor07Tulum é uma cidade maia que fica há uns 80km de Cancun, na beira do mar do Caribe e cercada por muralhas. Lembro de lá como um dos lugares mais lindos que já vi, mas fico meio na dúvida se não foi tipo uma miragem.

Em meio a ruínas do século 6, aquele calor úmido,  que faz qualquer roupa grudar no corpo, não era salvo por nem uma pontinha de sombra, o que fez eu e a minha família corrermos rapidinho pra ver tudo e logo descer pra uma praia linda que fica ali embaixo.

Mas é claro que nem um mergulho no mar deu pra aliviar um pouco o calor. Sério, era surreal.

 

[title subtitle=”Janeiro, 2009 – Debbie”]4. Caminho para o Aconcágua, Argentina[/title]

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Esse calor aí eu colecionei na minha primeira viagem sozinha. Dentre as vinícolas maravilhosas e o lugar lindo que é Mendoza, ver o Aconcágua e a Cordilheira dos Andes era um dos meus objetivos principais na Argentina. O Aconcágua é o ponto mais alto do mundo fora da Ásia e fica na parte argentina dos Andes, com quase 7 mil metros e há 170km de distância da cidade.

No inverno, é absolutamente congelado e um monte de pessoas vão até lá escalar a montanha – nem todos bem sucedidos, já que um dos seus lados é considerado uma das subidas mais perigosas do mundo (!). É claro que meu objetivo lá era só chegar o mais perto possível do Aconcágua e ver os Andes sem escalar nada, mas são várias histórias de que com um binóculo você consegue ver os corpos de alguns alpinistas que não conseguiram tirar de dentro do gelo.

O parque do Aconcágua em Janeiro é lindíssimo, com lagos no meio do deserto e com uma trilha bem tranquila até um ponto relativamente perto da montanha. A vista é incrível com o Aconcágua ainda cheio de gelo no meio do calorzão, mas o calor era tanto, tanto, que mais da metade do grupo que foi na mesma viagem até desistiu de entrar no parque e seguir a trilha a pé. Achei melhor fritar do que perder a viagem.

 

[title subtitle=”Maio, 2012 – Fê e Debbie”]5. Washington, EUA[/title]

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Ah, Washington… A cidade dos políticos de terno e gravata num calor infernal. Quando planejamos a nossa viagem pelos Estados Unidos, em nenhum momento vimos o calendário de feriados do país ou o histórico de temperatura dos lugares. Acabou que chegamos na cidade americana mais patriótica bem no fim de semana de um dos feriados mais patrióticos, o Memorial Day, e na semana mais quente do ano. Ou seja, tudo cheio e com muito calor.

Até daria para enfrentar em um lugar mais ~normal~, mas Washington é uma cidade de estacionamentos caros e monumentos gigantes que ficam longe um dos outros. Para vocês terem uma ideia, andar de uma ponta a outra do National Mall – aquele “parque” que tem o Capitólio de um lado, o Lincoln Memorial do outro e o Obelisco do Ibirapuera Washington Monument no meio – são 4 kms embaixo do sol, já que é tudo aberto e sem árvores. Nada fácil. Tanto que desistimos de ver vários pontos turísticos e resolvemos ficar na sombra dos bares tomando cerveja e vinho branco.

 

No fim, dá pra enfrentar qualquer calor quando se está viajando e faríamos tudo de novo – talvez um pouquinho melhor preparados, né? –, afinal, se é pra derreter, que seja descobrindo um lugar novo.

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